Membrana Biológica
Introdução
As membranas biológicas são conjuntos de proteínas, lipídios e glicídios, dispostos em duas camadas, que circundam as células, suas organelas e seus produtos de secreção. São altamente reativas e com uma capacidade enorme de adquirir conformações espaciais das mais diversas. São estruturas muito diferenciadas, destinadas a uma compartimentação única, na natureza.
A compartimentação é o estabelecimento de duas regiões no espaço, separadas fisicamente por uma barreira, funcionando como um seletor. O melhor exemplo disso são as membranas biológicas que são capazes de selecionar, por mecanismos de transporte ativos e passivos tudo o que deve passar, tanto de dentro para fora, como de fora para dentro.
Morfologicamente são estruturas pequenas, visíveis detalhadamente apenas em microscopia eletrônica e morfologicamente semelhantes. Diferenciam-se na espessura, nas funções e na composição química. São três os tipos:
Protéica: Possui de 70-80% de proteína, portanto, alta funcionalidade. Ex: membranas mitocondrial interna, dos tilacóides e procariontes.
Plasmática: Possui 50% de lipídeos e 50% de proteínas. Ex: membrana mitocondrial externa e membranas eucariontes em geral.
Mielínica: Possui de 70-80% de lipídeos e são estruturalmente resistentes. Ex: bainha de mielina.
As membranas celulares constituem os limites identificadores das diversas organelas no interior celular e da própria célula, cabendo à membrana plasmática essa última função.
Baseado nisso, esse trabalho aborda principalmente a membrana plasmática como principal exemplo de membrana biológica.
Membranas Biológicas
1 - Modelos de Membrana
Baseando-se na membrana plasmática para explicar a evolução do seu conceito estrutural, foram propostos vários modelos de membrana, mas o modelo atualmente mais aceito e o proposto por Singer e Nicolson que deram o nome de Mosaico Fluido. Segundo esse modelo, a membrana seria composta por duas camadas