Socialistas utópicos
Em meados do século XVIII, os países europeus colocaram em prática na sua economia os princípios da corrente de pensamento clássico: propriedade privada dos meios de produção, livre iniciativa empresarial, incessante busca ao lucro, mercado e sistema de preços como principais orientadores das decisões dos agentes econômicos (o que, quanto, como e para quem produzir). Nesta época o Estado diminuía cada vez mais sua presença na economia, em contraste da constante intervenção que ocorrera nos séculos passados devido ao predomínio das práticas mercantilistas. Mesmo após a revolução industrial gerou-se uma ascensão da indústria sobre as bases capitalistas, o que acabou convertendo a pobreza e a miséria da população trabalhadora em condição de vida da sociedade. Crimes, doenças, fome, miséria, vícios e prostituição se tornaram presentes nas vizinhanças (favelas e cortiços) onde se aglomeravam os trabalhadores das fábricas. Além disso, os acidentes industriais geravam mais miséria, porque não havia qualquer compensação para as famílias dos que acabavam incapazes ou mortos. Neste cenário surgia uma corrente de pensamento que reivindicava pela igualdade das condições sociais de vida de cada indivíduo, os socialistas utópicos. Os principais representantes eram: Robert Owen, Saint-Simon e Charles Fourier. Robert Owen (1773-1858) era dono de muitas fábricas e valorizava seus empregados dando-os melhores condições de vida com aumento de salários, redução da jornada de trabalho e um cuidado especial à educação da prole. Owen também deu atenção especial às crianças sendo o criador dos jardins de infância. Defendeu a organização da sociedade em cooperativas de operários, crendo que o bem-estar dos funcionários fazia com que estes aumentassem a riqueza das suas indústrias,