Socialismo Utópico, Socialismo Científico e Robert Owen
O Socialismo Utópico foi uma corrente de pensamento que tinha como finalidade alcançar a sociedade ideal através da “conversão” da burguesia por si só, de uma súbita transformação, defendendo que o socialismo se instalaria de forma lenta e gradual, recebendo o nome de “utópico” por se tratar de algo que não dependia do científico para se sustentar, ou seja, habitava apenas o campo do moral, empírico até certo ponto. O principal fundador da corrente foi Robert Owen, nascido no País de Gales, por volta de 1772, filho de artesãos.
Que teria dado início a tudo em sua própria indústria , quando é tomado por uma preocupação pelas condições de vida a cerca de seus empregados, pondo em prática seus primeiros ideais sociais e econômicos. Robert conseguiu defender seu pensamento e teria muitas conquistas, está entre elas, a redução da carga horária dos seus empregados, a criação do primeiro jardim de infância, a proibição do trabalho de crianças menores de nove anos nas fábricas, entre outras. Mas o ponto onde Owen mais é criticado é a veia assistencialista que suas ideias possuíam, além de sua ingenuidade por assim dizer. Enquanto o Marxismo defende que para haver mudança uma reforma proletária é necessária, é neste ponto onde as teorias divergem e tomam extremos. Enquanto o socialismo utópico sustenta que é das classes superiores que ocorrerá a mudança, o socialismo científico legitima, que trata-se exatamente do oposto, que deve partir dos economicamente abastados que será possível alcança-la.
Robert Owen ainda tentou vender suas ideias socialistas, tentando convencer as autoridades inglesas, bem como estrangeiras, da necessidade de reformas no setor de produção, fundando uma colônia “socialista” nos Estados Unidos, mas fracassou.