Sociabilidade e Modernidade em Capit es da Areia
Capitães da Areia
A intenção deste trabalho final de Sociologia VI é apontar as semelhanças entre os autores trabalhados durante o semestre: Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, José de Souza Martins, e Florestan Fernandes na obra Capitães da Areia do romancista brasileiro Jorge Amado.
1. Contexto Histórico-Social
A Revolução Burguesa no Brasil de Florestan Fernandes
A modernização do país fez com a riqueza nacional fosse investida sobretudo em atividades industriais, quanto aos ares que se respirava nas terras brasileiras, bom, estes andavam carregados de tradição, revelando uma relação fortíssima entre passado e presente. Foi neste cenário de apostas modernizadoras que Florestan Fernandes irá nos ajudar a contextualizar o romance Capitães da Areia de Jorge Amado.
Florestan iria buscar em nosso passado escravocrata e dependente as raízes do desenvolvimento econômico desigual. A revolução burguesa trata de apontar os vínculos coloniais ao capitalismo dependente, e principalmente a decorrência da “dominação burguesa” no Brasil.
Em qual momento a burguesia “floresce”? Ora, este momento se daria no instante em que o sistema colonial entrasse em declínio. “O burguês já surge, no Brasil, como uma entidade especializada, seja na figura do agente artesanal inserido na rede de mercantilização da produção interna, seja como negociante [...] Pela própria dinâmica da economia colonial, as duas ‘florações’ do burguês permaneceriam sufocadas, enquanto o escravismo, a grande lavoura exportadora e o estatuto colonial estiverem conjugados. A Independência rompendo o estatuto colonial, criou condições de expansão da burguesia, e em particular, da valorização social crescente no alto comércio”. (FERNANDES, 2006, 36)
No entanto, este arranjo social, econômico, e político, não se estenderia para aqueles, que não eram considerados pessoas, e sim, mercadorias, o negro é substituído pelo trabalhador livre, o sistema