Sobre o livro raízes do brasil
O presente trabalho tem por objetivo, argumentar sobre os textos: Raízes do Brasil (Capítulo 5: O homem Cordial e Capítulo 6: Novos Tempos) e O Homem de Cabeça de Papelão, respectivamente de Chico Buarque e João do Rio.
A análise dos textos nos possibilita ter uma visão da formação da sociedade brasileira, por raízes europeias que entranharam na nossa cultura e por consequência deixou grandes marcas em nosso país.
A relação entre os textos deixa clara e evidente, cada um a seu modo, um país construído e moldado à forma europeia, que estabeleceu regras para a convivência social, familiar e religiosa.
O Brasil e sua Herança Maldita
Como pudemos observar nos textos, a sociedade brasileira constituiu-se em uma estrutura social fragilizada, de raízes rurais e com uma hierarquia desorganizada e regida por interesses e privilégios sociais, políticos, religiosos, familiares e muitos outros, que impediram nosso povo de se libertar para uma sociedade mais consciente e critica, até porque, esses dois conceitos (consciência e crítica) não são de muito valor em nossa sociedade, como mostra o texto “O homem de cabeça de papelão”, onde o autor diz: “Antenor só dizia a verdade... Antenor pensava livremente, por conta própria” (p.1). O fato de Antenor só dizer a verdade era considerado um defeito, já que quando vivemos em sociedade, a verdade é a última coisa a ser dita, pois a verdade pura pode acabar nos prejudicando nos relacionamentos, principalmente sociais.
Carregamos o peso de uma sociedade colonizada, onde o poder se concentrava nas mãos dos grandes donos de terras, o que dificultou o Brasil no seu processo de industrialização. Suas fazendas eram símbolo do poder, da riqueza, pois nelas se encontravam os ricos para suas grandes festas, recepções e ostentações do poder das grandes famílias rurais, ou seja, o ruralismo estava no auge.
Porém, com a abolição dos negros, o ruralismo sofreu ruptura o que fez a família rural passar a ser uma sociedade urbana,