Educação física- raízes europeias e brasil
ANA MÁRCIA SILVA
Professora da Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: anamsi@bol.com.br
HUMBERTO LUÍS DE DEUS INÁCIO
Professor da Universidade Federal do Paraná. E-mail: beto@edf.ufpr.br
RESUMO
O livro Educação Física: raízes européias e Brasil (2001, 2. ed. revista) analisa o processo de constituição da educação física na modernidade pelo discurso científico e pelas diretrizes de organização do capitalismo; aponta, também, os ideais burgueses para sua inclusão no universo escolar brasileiro a partir do século XIX. PALAVRAS-CHAVE: Educação física; ciência; modernidade.
Rev. Bras. Cienc. Esporte, v. 23, n. 1, p. 147-149, set. 2001
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A análise das relações entre ciência e sociedade e de seus reflexos na educação e no trabalho escolar não é, de forma alguma, uma tarefa fácil e sem riscos. Este, porém, foi o desafio que Carmen Soares se colocou para este livro, Educação Física: raízes européias e Brasil. A atualidade de sua discussão é inquestionável e pode ser observada nesta segunda edição que o livro recebe, de forma ainda mais aperfeiçoada. A apresentação de Dulce Camargo, feita para a primeira edição de 1994, já destaca o trabalho criterioso com as fontes documentais exploradas pela autora, que a levam a indicar as raízes burguesas daquela primeira educação física. O segundo prefácio, feito para esta nova edição, a qual conserva também o anterior, é de Denise Sant’Anna; com a competência e a elegância que lhe são características, esta historiadora destaca a importância e atualidade deste livro: “Neste estudo pioneiro, a ambição de disciplinar e controlar o corpo aparece com toda a sua força e a sua violência, expressando os meandros de poderes tão sedutores quanto dominadores. E, por isso mesmo, a leitura deste livro abre questões não apenas sobre o passado mas, também, sobre o presente” (Sant’Anna, D. B, p. 2). A análise do processo de constituição da