Sobre o homem na modernidade e suas defesas
O homem vem superando a si mesmo em termos de desenvolvimento tecnológico e avanços científicos, sobretudo a partir das últimas décadas do século XX.
Com o advento da informática*, não apenas um novo campo de saber emergiu, mas também, de certa forma, se pode dizer que o homem foi “engolido” por sua criação. É difícil pensar na vida contemporânea sem a praticidade, velocidade e conforto que o computador nos proporciona. Os exemplos são inúmeros: caixas eletrônicos, atendimento informatizado em praticamente todos os estabelecimentos comerciais, programas que permitiram avanços a ciências como a astronomia, engenharia, matemática e tantas mais; equipamentos sofisticados a serviço da medicina para a realização de exames, detecção precoce de doenças-e conseqüente aumento da expectativa e qualidade de vida, e a Internet.
Para discorrer sobre todos os tipos de transformações que a era da informática trouxe, sua abrangência e profundidade, seria necessário um empenho que nos desviaria do foco principal do interesse para discussão, que, neste caso são as mudanças verificadas nas relações interpessoais a partir das chamadas “relações virtuais”.
Trata-se de um fenômeno cultural historicamente recente, mas que vem provocando drásticas reformulações nos hábitos, no estilo de vida, na maneira de se conhecer outras pessoas e com elas se relacionar.
A linguagem utilizada neste “universo” é peculiar, abreviada, repleta de uma rede de significações específicas aos usuários e praticamente impossível de ser compreendida por aqueles que ainda não sucumbiram ao mundo virtual.
A palavra “virtual” traz consigo toda uma subjetividade e possibilidades de se experimentar diante da tela do computador situações que não eram (e ainda não são) tão facilmente verificáveis no chamado ‘mundo real’.
Por garantir o anonimato e, sobretudo pela facilidade de se “deletar” as pessoas, é que hoje, temos tímidos se lançando a salas de bate-papo virtuais