Sobre a Maneira de Transmissão do Cólera. SNOW, J.
O material consiste na extração de partes da clássica monografia “Sobre o modo de transmissão do cólera” , escrito pelo John SNOW (1813-1858) e demonstra como, através do conhecimento, foi possível ter evidencias da transmissão pela teoria infecciosa da doença, numa época em que os males das enfermidades eram baseados em teoria dos miasmas.
As primeiras circunstâncias observadas e ligadas ao avanço do cólera dizem respeito ao seu movimento de propagação, que ele chamou de” trilha de convivência humana”. Sua propagação se deve, primeiramente, num porto marítimo como um “ponto de partida” e se propaga por convívio humano. A partir daí o autor levanta uma serie de hipóteses que possam estar relacionadas à transmissão, refutando a teoria dos miasmas e introduzindo uma teoria racional para explicar tais acontecimentos.
A primeira hipótese: Doença se propaga de pessoa a pessoa.
Fatos de que pessoas doentes transmitem a doença à pessoas sadias e, estar presente num mesmo ambiente do doente não necessariamente o expõe o individuo sadio ao, que ele chama de “veneno mórbido” ; assim como não é preciso estar intimamente perto para adquirir a doença, supõe que a mesma se espalhava por meio de eflúvios lançados no ar pelo paciente contaminado e introduzido, por inalação, nos pulmões. Esta hipótese gerou opiniões antagônicas.
Segunda hipótese: Ingestão do “veneno mórbido”.
Esta hipótese sugere que a doença penetre no organismo através do canal alimentar (mais aceita pelo Snow), pulmões ou outro via. Esta “ingestão” se daria acidentalmente e sua proliferação de material mórbido deveria ocorrer no interir do estômago ou intestino. Nessa hipótese o tempo de penetração até o início da enfermidade foi denominado de período de incubação, que nesta enfermidade era bem curto.
E o período de incubação e a quantidade de material contaminado expelido nas evacuações se espalham com rapidez e a propagação é favorecida