SOBRE A FENOMENOLOGIA E RELAÇÕES SOCIAIS - ALFRED SCHUTZ

UFMG/FAFICH – GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA II
ALUNO(A): MARESSA DE SOUSA SANTOS

SOBRE A FENOMENOLOGIA E RELAÇÕES SOCIAIS - ALFRED SCHUTZ

O mundo da vida

Inicialmente, Schutz deixa claro que está tratando de uma análise da vida cotidiana e de todas as relações envolvidas nesse meio tais como as experiências, atitudes, etc. Para ele, o mundo da vida cotidiana é um mundo que já está dado, isto é “já foi experimentado e interpretado por outros, nossos antecessores, como um mundo organizado”. (SCHUTZ, 2012, p. 84)

Ao participar da vida cotidiana temos previamente alguma ideia sobre ela, recolhida através da nossa experiência, ou da experiência que nos é repassada. Isso quer dizer que o mundo que enxergamos é coerente e possui uma série de desdobramentos capazes de afetar nossos sentidos, dessa forma, a atitude natural percebe os objetos e as suas atribuições, tomando-os meios pelos quais agimos. Sobre a atitude natural, Schutz irá dizer que: “Para ela o mundo não é o mundo privado de um único indivíduo, mas um mundo intersubjetivo, comum a todos nós, em relação ao qual não temos um interesse teórico, mas eminentemente prático. (SCHUTZ, 2012, p. 84)

O mundo da vida cotidiana é então objeto e cenário e meio para realização de propósitos. Segundo Schutz, nós agimos no mundo e sobre ele. Podemos transformá-lo, e quando isso não é possível, isto é, quando os objetos inseridos nele oferecem resistência, somos obrigados a superar o ocorrido ou simplesmente nos conformar. Dito isso, Schutz nos apresenta a definição de uma situação biograficamente determinada:

Um indivíduo pode encontrar-se em uma situação biograficamente determinada a qualquer momento de sua vida diária, isto é, em um ambiente física e socioculturalmente definido por ele, no qual ele ocupa uma posição não apenas em termos de espaço físico e do tempo exterior ou de seu papel no sistema social, mas também se trata de sua posição moral e ideológica. (SCHUTZ, 2012, p.