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Resumo
A ciência moderna está em crise, pois vivemos numa época em transição de paradigma motivado por diferenças e complexidades. No campo organizacional, a pesquisa qualitativa emerge como uma alternativa metodológica ao pesquisador. Esta auxilia a compreensão do ator contemporâneo envolvido com o fenômeno da gestão, na medida em que relata suas experiências, impressões e sentimentos relativos ao cotidiano pessoal e profissional. A abordagem interpretativista, sob a visão fenomenológica social de Alfred Schütz vem constituir uma das variantes do movimento fenomenológico na medida em que possibilita o conhecimento de essências, as quais se constituem numa espécie de “armadura inteligível” de entendimento do ser organizacional, que tem sua estrutura e leis específicas.
1. Introdução
Vivemos num tempo de ambigüidades e momento de transição sincronizado com elementos que se encontram além ou aquém desse tempo. Santos (2006) nos lembra que finalizamos um ciclo de hegemonia de uma ordem científica e que as condições epistemológicas das questões que formulamos estão inscritas no avesso das concepções adotadas para encontrarmos as respostas. Isso significa que estamos numa era em que a ciência moderna se desgasta e dá espaço para uma nova concepção de ciência, essa agora se revela discrepante e discordante no sentido de ruptura com a tradição científica vigente.
Nesse sentido, Hochman (1994) nos leva a pensar que as relações entre comunidade acadêmica e paradigma científico são indissociáveis, tendo uma dinâmica de mudança como continuidade natural do que foi no passado, tendendo a serem reorganizadas pelas transformações provocadas pelo advento dos movimentos de ruptura emergentes com as novas tradições científicas.
Não pretendemos exaurir essa discussão, e sim apresentar uma alternativa que contempla essa perspectiva, em especial no campo dos estudos