sobre sentido e referencia
Em “Sobre o Sentido e a Referência”, Frege se propõe a mostrar que a igualdade não é uma relação entre objetos nem entre sinais que usamos para designar os objetos (a palavra 'objeto’ esta sendo usada em seu sentido mais amplo), mas uma relação entre modos de apresentação do mesmo objeto.Para corroborar sua visão, ele faz alusão à diferença de valor cognitivo entre as expressões a = a e a = b; enquanto a primeira é tautológica, a segunda é informativa. Um exemplo que pode ser dado para ilustrar essa questão é: Vésper e Fósforo são nomes (sinais) do objeto que também conhecemos sob o nome de Vênus, a = Vésper (modo de apresentação ‘Estrela da Tarde’ do objeto que também conhecemos com o nome de Vênus), b = Fósforo (modo de apresentação ‘Estrela da Manhã’ do objeto que também conhecemos com o nome de Vênus), a = a (Vésper é Vésper) reproduz a relação que uma coisa tem apenas com ela mesma, a = b (Vésper é Fósforo) nos informa de que existem dois modos de apresentação diferentes (aos que correspondem dois sinais diferentes) para o mesmo objeto.
Se a igualdade fosse uma relação entre objetos, a = b não poderia diferir de a = a; e, como mostrado no exemplo, dizer a = b nos informa de algo que não sabíamos ao dizer a = a. Caso ela fosse uma relação entre sinais de objetos, a e b seriam dois nomes diferentes para o mesmo objeto e a única informação que receberíamos de a = b seria meramente semântica. Contudo, quando sabemos que a = b (ou que “Vésper é Fósforo”), temos uma informação que não poderíamos descobrir em a = a (“Vésper é Vésper”) ou em alguma explicação semântica dos sinais da expressão.
Então a única possibilidade viável que a = b seja verdadeiro e nos diga algo que não está contido em a = a (como constantemente nos diz) é se essa igualdade for uma relação entre os modos de representação indicados pelos sinais desses objetos, uma indicação de que os dois modos de apresentação em pauta se referem ao mesmo objeto, e “se à