Sobre educação profissional e tecnológica no espírito santo

A matéria Faltam milhões de profissionais de nível técnico na indústria brasileira veiculada pelo Jornal da Globo no dia 20/09/2012, confirma a importância da EPT no panorama atual de nosso país. “Estão faltando milhões de profissionais de nível técnico na indústria brasileira. A falta de profissionais é mais acentuada na região Sudeste”. Com um perfil mais industrializado, a demanda advinda das transformações do mercado no Espírito Santo exigem cada vez mais qualificação dos trabalhadores. Pensando a relação trabalho-educação como os dois lados da mesma moeda, cabe a nós, educadores, problematizar e superar a prática de ensino para além das necessidades mercadológicas de um capitalismo injusto que coisifica o homem. O cantor Gabriel O Pensador traduz essa crítica em sua música Estudo Errado: “na escola é onde formamos nossa personalidade Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sócios Quem devia lucrar só é prejudicado Assim vocês vão criar uma geração de revolta” A função educador deve agir como um propulsor de cidadãos ativos. Compor com a luta social e auxiliar na produção de seres críticos produtores, co-gestores de seu trabalho. E devemos estar sempre atentos, pois também não escapamos das armadilhas mercantis, das capturas neoliberais, afinal, também somos trabalhadores. Muitos consideram a educação emancipatória uma utopia ou prática distante. Tive uma experiência valorosa em Jaguaré-Es, na Escola da Família Agrícola (EFA) em 2010. Pude vivenciar com os alunos como esse modelo educacional transborda a sala de aula, o trabalho e a vida. A educação a distância também nos dá essa possibilidade. O modo como usar essa ferramenta pode transformar o mundo do trabalho. Podemos aproveitar a evolução de mercado do nosso estado para fortalecer nossos cidadãos.