sobre economia
O Ipea reconhece a “recessão técnica, ou seja, a queda da atividade econômica por dois trimestres consecutivos. O governo rejeita esse conceito.
O instituto, vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE), também nega que a crise mundial seja a única explicação para o fraco resultado do Produto Interno Bruto (PIB) registrado ao longo dos últimos quatro anos.
Na media, o governo de Dilma Rousseff deve encerrar com um avanço do PIB 1,6% do PIB, dum desempenho inferior apenas ao Floriano 1891-1894e de Frenando Collor 1990-1992 entre todos os presidentes.
Ipea reconhece que o cenário de aumento de preços no Brasil vem se mantendo pressionado, em patamar elevado.
De acordo com os economistas, o índice oficial IPCA fechará o ano em um nível superior aos 5,91% verificados em 2013 isto é, estará ainda mais próxima do teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%.
O Ipea também cita o estranho desempenho das despesas federais com programas sociais e previdenciários ao longo do primeiro semestre as chamadas pedaladas fiscais. O Tesouro atrasou o repasse de dinheiro aos bancos, notadamente a Caixa Econômica Federal, que continuaram realizando os pagamentos em dia de abono salarial, seguro-desemprego, benefícios previdenciários e Bolsa Família.
Os atrasos nos repasses reduziram artificialmente as despesas federais.
Após a revelação da manobra, o Tesouro iniciou uma correção dessas pedaladas em agosto e setembro, o que piorou o resultado fiscal do governo federal.
Sem citar diretamente essas operações, o Ipea assinala que houve elementos incomuns do lado das despesas.
Os mais relevantes foram os pagamentos de abono e seguro-desemprego, que mais que dobraram, em termos reais, em relação aos registrados em agosto de 2013, compensando quedas expressivas ocorridas nos meses anteriores.