Sobre Cebolas
Nesta crônica, Rubem Alves compara as camadas da cebola com as camadas do aprendizado, aprender é fazer o corpo crescer em camadas assim como a cebola. Comparando o circulo inicial da cebola ao corpo do aluno a “razão”, e que a aprendizagem não e apenas um processo lógico é um processo vital. O jardim do saber”, onde cada um plante pequenas sementes de sabedoria. A partir desse jardim pudéssemos refletir que: o saber e poder e sem o poder o jardim jamais será construído. E que precisamos de educação para construir uma coisa tão bela, como o jardim do conhecimento. Aqui o autor descreve o martírio dos alunos que freqüenta as universidades onde existe o “totalitarismo do conhecimento”, onde os alunos esquecem-se do verdadeiro valor do saber. Onde uma classe dominante de professores e administradores se impõe sobre os alunos. Onde o conceito em geral e a posse do conhecimento, em detrimento da sabedoria, junto com a estratégia de impor uma técnica onde o que importa é o conhecimento em si e não o significado destes conhecimentos para os acadêmicos.
São várias crônicas, mas com uma mensagem comum: A crítica a forma atual de ensino baseado no estático em detrimento do dinâmico. O autor parece bastante preocupado com a forma como educamos nossas crianças, o que acho bastante razoável. Somente não estou certa de como poderíamos implementar as idéias do autor. Parece utópico se considerado linearmente em todos os setores e fases do conhecimento, mas, adequado, pelo menos, quando considerado em determinadas fases e/ou setores da nossa formação educacional. No caso do ensino da Educação, que considero o mote desta discussão, creio que o mundo criado pelo autor deveria sim ser explorado, em dueto, Ou seja, podemos e devemos mostrar o conhecimento hermético e ao mesmo tempo fustigar nossos alunos a sonhar.