Slide Ideologia alemã
Friedrich Engels
A Ideologia Alemã
Até agora, os homens formaram sempre idéias falsas sobre si mesmos, sobre aquilo que são ou deveriam ser. Organizaram as suas relações mútuas em função das representações de Deus, do homem normal, etc., que aceitavam. Estes produtos do seu cérebro acabaram por os dominar; apesar de criadores, inclinaram-se perante as suas próprias criações.
Libertemo-los portanto das quimeras, das idéias, dos dogmas, dos seres imaginários cujo jugo os faz degenerar.
“Revoltemo-nos contra o império dessas idéias. Ensinamos os homens a substituir essas ilusões por pensamentos que correspondam à essência do homem, afirma um; a ter perante elas uma atitude crítica, afirma outro; a tirá-las da cabeça, diz um terceiro e a realidade existente desaparecerá.”
(MARX; ENGELS, 2007, p.1)
Oposição entre a concepção materialista e a idealista De acordo com certos ideólogos alemães, a Alemanha teria sido nestes últimos anos o teatro de uma revolução sem precedentes. O processo de decomposição do sistema hegeliano, iniciado com Strauss, teria dado origem a uma fermentação universal para a qual teriam sido arrastadas todas as «potências do passado». (MARX; ENGELS, 2007, p.2)
Mas para ter uma idéia justa desta charlatanice filosófica que desperta no coração do honesto burguês alemão um agradável sentimento nacional, para dar uma idéia concreta da mesquinhez, da pequenez provinciana (7) de todo este movimento jovem-hegeliano, e especialmente de todo o contraste trágico-cómico entre aquilo que estes heróis realmente fizeram e o que julgam fazer, é necessário examinar todo este espetáculo de um ponto de vista exterior à Alemanha. (MARX; ENGELS, 2007, p.3)
Oposição entre a concepção materialista e a idealista Como, na sua imaginação, as relações entre os homens, todos os seus atos e os seus gostos, as suas cadeias e os seus limites, são produtos da consciência, os jovens-hegelianos. coerentes consigo mesmos, propõem