Sistemática, taxonomia e evolução.
1.1 - História e Importância da Sistemática
Alguns autores consideram sinônimos os termos sistemática e taxonomia. Outros, porém, consideram que a Taxonomia seria uma ciência da Biologia responsável pelos estudos de classificação, seus princípios e regras, enquanto que a sistemática seria o estudo científico da variação e diferenciação dos organismos vegetais e do relacionamento existente entre eles.
Em face a imensa diversidade do mundo natural, o homem instintivamente classifica, com o intuito principal de compreender o mundo que o cerca. Já na remota antiguidade, o homem aprendeu a reconhecer os tipos de plantas úteis como alimento, as que poderiam ser úteis como combustíveis, as medicinais, as venenosas, etc.
Ao longo da história, surgiram numerosos sistemas de classificação, os quais costumavam ser agrupados em quatro categorias: os sistemas baseados no hábito das plantas, os sistemas artificiais, os naturais e os filogenéticos (em ordem cronológica). a) Sistemas baseados no hábito das plantas – Foram os menos elaborados. Fundamentado apenas nos hábitos das plantas (trepadeira, árvore, arbusto, etc.). Theophrastus (370-285) é o mais célebre deste período, sendo considerado o pai da botânica. Este sistema durou até metade do século XVIII.
b) Sistemas artificiais – caracteriza-se por organizar os seres através da análise de uma ou poucas características. O sistema sexual de Lineu (Carl F. Von Linné, 1707-1778), publicado na obra “Species Plantarum” (1753), destaca-se como o mais difundido. Tal sistema de classificação baseava-se na posição do ovário e do número de estames.
c) Sistemas naturais - Eram construídos com base num grande número de caracteres. Estes sistemas apareceram na segunda metade do séc. XVIII Neste período as teorias evolucionistas ainda eram desconhecidas. Surgiram como fruto do enorme contigente de novas espécies que passaram a ser conhecidas, devido às numerosas coleções que