Resumo: Os dinossauros de Hennig: sobre a importância do monofiletismo para a sistemática biológica
Sabe-se hoje, que os dinossauros já estavam extintos antes do aparecimento dos primeiros primatas, não há registros fósseis deles desde o período Cretáceo. Porém essa ideia pode ser contradita fundamentando-se na teoria da evolução de Darwin e Wallace e na sistemática filogenética de Willi Hennig.
O grupo Dinosauria é composto pelo ancestral comum mais recente dos grandes “répteis terríveis”, juntamente com todos os seus descendentes. Estudos de biologia comparada mostram que as aves são um grupo derivado de um outro grupo de répteis terópodes. Desta forma, aves nada mais são do que dinossauros que sobreviveram à extinção do Cretáceo-Terciário, marcadora do final do Mesozóico. Neste sentido não se pode considerar os Dinosauria como um grupo extinto de animais. Algumas espécies foram extintas, mas outras ainda permanecem na biota atual.
A obra de Hennig (sistemática filogenética) foi o ponto chave para o estabelecimento de um método objetivo para o reconhecimento de grupos naturais como entidades históricas. Hennig reconheceu a importância das classificações de acordo com as afinidades genealógicas entre os organismos, criando a sistemática filogenética ou cladística, baseada na ideia da descendência com modificação a partir de um ancestral comum.
1. DE PLATÃO À TEORIA EVOLUTIVA
Sistemática biológica é a ciência da classificação, esta se refere ao estudo da diversidade orgânica e dos aspectos históricos da evolução baseados na descrição, nomenclatura e organização dos seres de hoje e do passado. A sistemática teve inicio com o desejo do homem de sumarizar as informações da diversidade biológica que ele podia observar, identificando entre esses grupos