SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CUIDADO PACIENTE COM DIABETES TIPO II
INTRODUÇÃO
O diabetes melitus(DM) é uma problema de saúde mundial. Estima-se que 8,3% da população do mundo, aproximadamente 366 milhões de pessoas tenham diabetes, e que, anualmente, mais de 1 milhão de pessoas com diabetes necessitem de amputação, sendo a grande maioria precedida por uma úlcera de pé1. No Brasil, a prevalência de DM é de 5,6 casos por 100 habitantes acima de 18 anos, e a taxa de mortalidade associada é de 28,8 óbitos por 100.000 habitantes2.
O tratamento desta doença depende de uma abordagem multifatorial e tem por objetivo aproximar da normalidade o metabolismo de lipídios, proteínas e carboidratos. Deve compreender a prevenção de complicações agudas e crônicas da doença e estar pautado na educação do cliente para uma adaptação psicossocial, mudanças no estilo de vida e promoção do bem estar. Envolve, ainda, o planejamento e balanceamento da dieta, atividade física e terapia medicamentosa para hiperglicemia, com metformina, sulfoniluréias ou insulina, dentre outros3.
Por melhor planejado que seja o tratamento, ele não será eficaz se o paciente não o incorporar à sua rotina de vida diária e não der continuidade às rotinas comportamentais prescritas. Portanto, o maior desafio dos profissionais de saúde neste contexto consiste em ensinar às pessoas com diabetes a viver com a doença e a manejá-la frente às situações que acontecem no dia a dia. Ou seja, educar de modo a gerar uma real mudança comportamental, e que esta aconteça e se mantenha ao longo da trajetória de vida e doença (GROSSI e PASQUALI, 2011).
A adesão ao tratamento é fundamental para o melhor controle do diabetes e a redução das suas complicações, mas ela é difícil de ser alcançada devido à necessidade de tratamento contínuo e prolongado. As complicações crônicas do diabetes podem ser classificadas em microvasculares, macrovasculares e neuropáticas. Dentre estas, as úlceras nos pés são a causa