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21% largam documentos em impressoras, afirma pesquisa Vazamentos de informações privilegiadas como no caso da compra do grupo Ipiranga por Petrobras, Braskem e
Ultra, o que motivou investigações da CVM, têm sido bastante corriqueiros no cenário empresarial e muitos ocorrem por práticas até inocentes de funcionários.
Enquanto as empresas investem em tecnologias para proteger seus dados confidenciais de ataques externos, eles têm escapado pelas mãos de pessoas ligadas à própria companhia. A conclusão é de estudo da empresa de tecnologia de segurança da informação McAfee, feito pela pesquisadora Iluminas, que entrevistou, nos EUA, organizações com mais de 200 funcionários, em janeiro.
Apesar de a pesquisa ter sido feita com companhias americanas, o cenário pode ser seguramente aproximado do brasileiro, segundo José Antunes, responsável pela área de engenharia de sistemas da McAfee.
Dentre os entrevistados, 84% dizem que suas empresas têm políticas para informações sigilosas, como bloqueios e senhas. Apesar disso, o levantamento indicou que elas são facilmente desrespeitadas pelos funcionários. Cerca de 20% assumiram que deixam documentos confidenciais ou reservados na bandeja de saída da impressora. E 26% não fragmentam documentos confidenciais quando terminam de trabalhar.
Até dez documentos são retirados por semana do escritório em dispositivos portáteis por 38% dos questionados. Os meios de saída são laptops, levados por 41%; memórias
USB, por 22%, e CD-ROM, por 13%.
O levantamento também verificou que 22% admitiram que, às vezes, emprestam colegas os dispositivos onde armazenam documentos de trabalho.
"O modo como o dado sai da empresa é semelhante em todo o mundo", diz Antunes.
Ele cita o caso da Ipiranga. "Aí está claro que houve informação privilegiada.
Provavelmente não foi de alguém que tinha noção do risco. Quem tem poder sabe que pode custar caro."
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