Sistemas e regimes Politicos
No caso português, verifica-se que a primeira referência à Democracia Cristã encontra-se no Centro Académico de Democracia Cristã (1901-1971), mas, de acordo com as ideias referidas anteriormente, não evidenciava qualquer carácter político. Entre outros, fizeram parte deste movimento António de Oliveira Salazar e o Cardeal Gonçalves Cerejeira.
Logo após a Revolução de abril de 1974, surgia a 11 de maio de 1974 o Partido da Democracia Cristã, embora nunca tivesse tido assento no Parlamento. Tendo resultado de uma cisão no seio do Partido Cristão Social-Democrata (PCSD) fundado a 5 de maio de 1974 por António da Cunha Coutinho e Frei Bento Domingues, o partido une-se dias depois a um Partido Democrático Popular Cristão, de Nuno Calvet Magalhães. A 10 de maio já se tinha verificado a dissidência que viria a dar origem ao PDC.
No seu ideário afirma-se aberto a todos os portugueses sem discriminação de raças ou credos religiosos. Tinha em vista a defesa do primado do Homem em toda a sua dimensão criadora. Apelava à participação ativa no processo político após o 25 de abril. Defendia as seguintes ideias: a sociedade necessitava de um princípio de ordem que supõe uma hierarquia e a solidariedade de classes; uma democracia personalista; o pluralismo social e ideológico;