REGIMES POLÍTICOS E SISTEMAS PARTIDÁRIOS
INSTITUTO DE ECONOMIA
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ARIOVALDO ALVES CRUZ DE FIGUEIREDO
REGIMES POLÍTICOS E SISTEMAS PARTIDÁRIOS
UBERLÂNDIA
2014
Primeira pergunta:
1. Segundo SARTORI, quando (em que contexto) e em função de quais razões políticas/sociais surgem os partidos políticos modernos?
Primeiramente, Sartori inicia seu discurso diferenciando o termo “partido” de “facção”, onde o primeiro foi substituindo gradativamente o segundo, aceitando a ideia de que um partido não viria a ser necessariamente enquadrado como uma facção.
Facção não se liga necessariamente a algo ruim e que agite o bem-comum negativamente. Porém, a denominação tomou uma conotação negativa ligando-se a um
“comportamento excessivo, impiedoso e, portanto, daninho”, segundo Sartori. Partido, então, tomaria a aceitação de consolidar-se inicialmente à sua essência etimológica de
“dividir”, tornando, mais tarde a significação de “tomar parte” – contar com a participação de outrem – também.
“Porém, a questão fundamental para ele está ligada à diferenciação entre Partido
Político e facção. Sua visão de partido político propriamente dito é concebida como um instrumento funcional para cumprir objetivos e desempenhar papéis. É visto globalmente como um todo que procura servir aos propósitos desse todo, ao passo que a facção é apenas parte do todo, além de ser negativa e degenerativa.”
O autor cria uma argumentação Sartori ressaltando que os partidos são aceitos a partir do momento em que se reconhece a variedade e a diversidade de opiniões geradora de divergência não são necessariamente incompatíveis e diferenciadas da ordem política estável e nem necessariamente a perturbam, perturbando assim o bem comum, como antes era descrito ao ser associado à conceituação de facção.
Sartori, após criar uma análise a partir de diversos pensadores, caracteriza partido político como um grupo político identificado por um rótulo oficial que