Estado e Mercado
Levados pelos seus interesses egoístas, o objetivo dos indivíduos seria aumentar os ganhos individuais ao realizar uma troca e assim entrariam praticando a concorrência, e desta competição resultaria o equilíbrio econômico e o bem coletivo, através da produção e oferta de bens e serviços solicitados pela sociedade em quantidade e preços adequados. O mercado seria auto-regulável, pois dispensaria a intervenção estatal e a lei da oferta e da demanda seria suficiente para regular as quantidades e preços de bens e serviços em uma sociedade. Ao Estado caberia apenas assegurar a concorrência para o bom funcionamento do mercado, impedindo que os produtores se organizem em cartéis, alterando os preços e beneficiando apenas a si mesmos em detrimento da coletividade.
A existência da concorrência é indispensável para o funcionamento do mercado. Mercado auto-regulável e concorrência é o meio de avaliar o liberalismo econômico. O crescimento econômico e o bem-estar social depende da adequada relação entre Estado e mercado, no entanto, esse ponto de equilíbrio entre liberdade econômica e intervenção do Estado não foi encontrado, fazendo com que a história das sociedades capitalista fosse marcada por um movimento oscilante entre liberdade de mercado e intervenção do Estado.
Na regulação das relações sociais a sociedade pode oscilar entre Estado e mercado, sendo que quando ele pende para o mercado e este se mostra insuficiente para estimular o investimento privado, o desenvolvimento econômico e o bem estar social; a sociedade começa a inclinar-se para o lado do Estado, buscando cada vez mais a intervenção deste como forma de corrigir as falhas de mercado, sanar as suas carências e recriar as bases para a retomada dos investimentos, a expansão da economia e o aumento do bem-estar.