Sistemas Agroflorestais
INTRODUÇÃO
Os modelos de agricultura extensiva hoje em uso no Brasil, como o monocultivo, exigem a aplicação de grande quantidade de produtos químicos, tais como adubos e defensivos agrícolas. Os usos excessivos desses produtos podem afetar várias espécies de micro-organismos benéficos que vivem no solo (Fearnside & Barbosa, 1998; Hodnett & Pimentel, 1995).
A demanda pela pesquisa agroflorestal na Amazônia, é crescente devido à necessidade de alternativas tecnológicas e inovações que visem ao desenvolvimento socioeconômico regional e substituam a agricultura migratória, dois dos grandes desafios que ainda persistem na região. Quando se fala na Amazônia em termos de agricultura e manejo de culturas – anuais e perenes, há uma concordância em se manter o sistema de agricultura convencional, para o suprimento de alimentos da região, porém outro problema acentuado é a expansão da pecuária extensiva, o que acarreta modificações paisagísticas e ambientais.
Com o passar dos anos e do uso indiscriminado do solo Amazônico e da falta de conhecimento técnico e produtivo levam esses solos ao nível de improdutivos, comprometendo a cadeia produtiva da região como um todo.
Os resultados refletem na degradação dos solos, assoreamento de rios, igarapés e destruição de áreas de floresta nativa com uma riqueza de recursos potencialmente úteis para o homem, que podem não ter sido sequer conhecidos e identificados (Fernandes et al., 1994; Serrão et al.,1998).
Uma das alternativas para esses problemas é a adoção de novas formas de produção que conciliem a produtividade e a conservação do solo nas regiões tropicais. Estes sistemas são formas de cultivos em que se associam, numa mesma área, árvores e arbustos com cultivos agrícolas ou com animais, de maneira simultânea ou escalonada no tempo (MONTAGNINI, 1992; NAIR, 1993).
Teoricamente, a maioria dos SAFs, se não todos, possui os atributos, a saber,