sistema penitenciario
A violência gerada pela criminalidade no país é um assunto sempre em voga e cada vez mais recorrente. Falar aqui dos fatores que concorrem para essa traumaticidade é desnecessário, afinal, tudo que resulta nessa questão é muito ampla, a meu ver, e tem vários aspectos. O sistema prisional brasileiro. Esse sim, é uma das pontas desse grande novelo, que ao invés de recuperar uma pessoa para reintegrá-la ao meio social, torna mais distante ainda essa possibilidade. Tal situação acontece na medida em que o Estado brasileiro não consegue em grande parte ou em quase nada, ressocializar, recuperar uma pessoa e transformá-la em cidadão. Nossas cadeias ou presídios, salvo as exceções, se é que elas existem, mas prefiro não generalizar, se tornaram verdadeiras faculdades do crime. O resultado desse fator sempre refletirá aqui fora. Será difícil combater a criminalidade, não se estruturando e dando condições para que detentos possam ter a oportunidade de recuperação moral, cívica e social de retornarem ao convívio da sociedade. A prisão não pode ser apenas punitiva, tem que ser educativa também. Eu sei que existem os considerados irrecuperáveis para a sociedade, mas para esses, o regime terá que ser diferenciado, com leis e tratamentos específicos. A realidade de momento me faz afirmar que o sistema prisional brasileiro não consegue ressocializar nossos presos. Na maioria das vezes saem de lá pior que quando entraram, tornando-se mais perigosos e pondo em constante risco o cidadão desse país. Existem muitas questões para serem resolvidas nesse complexo problema; falta de vagas nos presídios, o estado precário de muitos deles, a superlotação, stc.
De fato, a situação é desanimadora. O bom resultado do combate a criminalidade terá que passar obrigatoriamente por uma readequação de nosso sistema prisional, do contrário, as soluções por hora apresentadas, serão apenas paliativas e não definitivas. Essa é a minha opinião.