Sistema penitenciario cubano
Falar sobre segurança pública de um país que vive sob o comando de um ditador não é nada fácil. Desde a década de 60, logo após o triunfo da Revolução Cubana, o país quer mostrar ao mundo que lá tudo funciona. Lá todos são felizes, não existem crimes, ninguém passa fome... O Estado dá tudo o que o povo precisa.
Conversamos com Georgina Németh, do Consulado Cubano no Brasil e, quando questionamos como funciona a segurança nas ruas do país, Georgina nos deu as seguintes respostas: “Os cubanos não temem ao sair de suas casas, pois o Governo Revolucionário lhes garante uma segurança ótima. Em Cuba não tem crianças na rua, não tem crianças sem escola, sem vacinas ou sem comida; nem tem pessoas que vendem o seu corpo para poder viver”.
Hélio Campupagnucio é membro do NESCUBA (Núcleo de Estudos Cubanos) da Universidade de Brasília e disse em seu artigo “Cuba si. Por que no?” que mais lhe chamou a atenção ao desembarcar no Aeroporto Internacional Jose Martí, foi um outdoor grande na saída do aeroporto que dizia assim: “esta noite, milhares de crianças dormirão nas ruas do mundo. Nenhuma delas é cubana”. E é verdade.
Cuba sofreu e ainda uma sofre uma grave crise devido ao bloqueio econômico dos Estados Unidos e a quebra da parceria entre Cuba e a União Soviética. Mesmo antes disso, pouco menos de um ano após a Revolução, Cuba havia praticamente acabado com o analfabetismo. O índice de criminalidade é baixíssimo sendo furto o crime mais cometido.
Em cada quadra, dentro de cada bairro, existe um Comitê de Defesa da Revolução (CDR) que monitora a vida dos moradores de todas as ruas. Os agentes da CDR sabem de todas as ações dos cidadãos cubanos, vigiam toda e qualquer ação não rotineira dos moradores e todo cidadão depende da aprovação de comportamento de tais agentes.
O refugiado Jose, 45, que mora em São Paulo há quatro meses, diz que os agentes sabem até “o que você está comendo. É impossível haver crimes