Sistema Heliocêntrico
Historicamente, o heliocentrismo era oposto ao geocentrismo, que colocava a Terra no centro do universo. Apesar de as discussões da possibilidade do heliocentrismo datarem da antiguidade clássica, somente 1800 anos mais tarde, no século XVI, o tema ganhou notoriedade explícita ao suscitar e estabelecer o divórcio entre o pensamento dogmático religioso e o pensamento científico; a ele e ao julgamento de Galileu perante a Santa Inquisição remontando as origens da ciência em acepção moderna. Àquela época, o matemático e astrônomo polonês Nicolau Copérnico foi o primeiro a apresentar um modelo matemático preditivo consistente e completo de um sistema heliocêntrico. Ainda sem a acurada precisão e um pouco confuso, contudo, o modelo de Copérnico foi mais tarde reestruturado, expandido e aprimorado por Johannes Kepler. A explicação física causal para o modelo de Kepler foi fornecida por Isaac Newton via lei da gravitação universal, sendo o modelo então estabelecido de grande valia até hoje.
Todos os cálculos necessários ao lançamento de satélites e veículos espaciais fundamentam-se, até hoje, nos conhecimentos acerca do heliocentrismo estabelecidos à época de Galileu, Kepler e Newton.
Os filósofos gregos haviam percebido que, embora o mundo fosse formado por objetos dos mais distintos, havia algo de comum na matéria que os compunha. Dessa forma, por exemplo, uma árvore e uma tábua, se fossem divididas diversas vezes até se obter uma parte diminuta, resultaria em uma mesma matéria. O mesmo ocorria, por exemplo entre espada e corrente.4 Desta forma, começa a surgir a teoria atômica, que afirmava que tudo o que havia na natureza, se dividido na menor parte possível,