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Brasília, 14 (Agência Brasil - ABr) - Nessa virada de século o Brasil viu reemergir uma doença que se imaginava definitivamente erradicada em nosso território, a febre amarela. Assim como essa moléstia, outras como a dengue, a malária revelam um crescimento no número de casos que preocupa o governo e a comunidade científica do país. Como forma de discutir modelos de combate e prevenção a SBPC promoveu, durante a 52ª Reunião Anual, o simpósio "Doenças emergentes e reemergentes".
José Rodrigues Coura, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e um dos expositores, conceitua doença emergente ou reemergente como "uma infecção nova, reemergente ou resistente a drogas, cuja incidência, no homem tenha aumentado nas últimas décadas ou tenda a aumentar em futuro próximo". Na sua opinião, das doenças infecciosas em crescimento no país as mais preocupantes são a febre amarela e o dengue.
Para a febre amarela existe uma vacina preventiva, para o dengue não. Mesmo assim, a febre amarela é considerada mais perigosa pois pode ser fatal. Ambas são transmitidas pelo mosquito Aedis aegypti. "Ele está presente em todos os municípios brasileiros, aqueles que dizem que não o tem, é porque não procuraram direito", afirma o pesquisador. "São vários os fatores para o retorno de doenças que no passado já haviam sido controladas", aponta Coura. O principal, diz, é a "quebra de medidas de saúde pública".
Segundo ele, o país deixou de investir em campanhas sanitaristas de prevenção, que foi a forma de erradicação de algumas dessas doenças. Tanto a febre amarela, quanto o dengue, foram controlados no início do século com uma série de ações organizadas por Oswaldo Cruz e baseadas na eliminação dos mosquitos por meio da limpeza das cidades.
Coura cita ainda a interiorização do país, a necessidade de abertura de outras fronteiras econômicas, o desmatamento, como formas do homem entrar em contato com males que até então eram