Sistema Financeiro Nacional
As políticas governamentais para o crédito consideram o comportamento de toda a economia ou o comportamento de alguns setores econômicos específicos. Como política setorial podemos citar como exemplo o credito rural, que tem tratamento diferenciado, com normatização própria estabelecida pelo Banco Central do Brasil (Bacen), afinada com a política agrícola de governo. Outro exemplo é o segmento exportador, que desfruta de incentivos governamentais dentro do mercado de credito por meio do Proex – Programa de Estimulo ás Exportações Brasileiras. Observe que o Proex, bem como outras medidas de estimulo a exportação, como o Seguro de Credito, que serão discutidas no capítulo que trata de operações internacionais, refletem a preocupação governamental não apenas com o setor exportador, mas também com os agregados macroeconômicos: Balanço de pagamentos, balança comercial, dívida externa e serviço da dívida. No âmbito macroeconômico, quando há interesse em estimular o consumo para elevar as taxas de crescimento ou manter o nível de emprego, o governo atua por meio de mecanismos que aumentam a liquidez da economia e a oferta de crédito, como o open Market e os depósitos compulsórios, aumentando a disponibilidade de recursos e influenciando as taxas de juros. Por outro lado, quando o nível demanda agregada passa a representar uma ameaça ao controle inflacionário, o governo pode utilizar-se dos mesmos mecanismos para reduzir a liquidez do sistema financeiro ou, por meio de normas do Bacen, reduzir prazos para créditos pessoais, com o intuito de inibir a inflação de demanda provocada pela antecipação de consumo que as facilidades creditícias propiciam. O Sistema Financeiro Nacional, então, é uma forma de várias entidades se organizarem, de modo a manter a máquina do governo funcionando. Sua utilidade é o acompanhamento e também a coordenação de todas as atividades financeiras que acontecem no Brasil.
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