Elementos introdutórios da crítica marxiana da economia política
Elementos introdutórios da crítica marxiana da economia política nas obras de 1844-1848.
Alcides Pontes Remijo (UFSC)
Diogo Prado Evangelista (UFVJM)
Resumo: O presente trabalho objetiva expor em termos gerais a análise do jovem Marx, nas obras de 1844-1848, em torno do movimento histórico da gênese, necessidade e desenvolvimento da propriedade privada moderna enraizada na contradição capital e trabalho. Pretendemos indicar que a partir da crítica da filosofia especulativa de Hegel, corelacionada com a ruptura decisiva com a concepção onto-positiva da política da ilustração francesa; o jovem Marx desemboca na necessidade de estudo e pesquisa do processo histórico de objetivação do ser social na sociedade civil burguesa. Na tarefa prática de elevar os problemas modernos da produção material da riqueza – concebidos pela economia política de Adam Smith e David Ricardo – a problemática da produção e reprodução da vida humana. O que coloca o desafio de reconhecer as necessidades teóricas como necessidades práticas, transformar as “armas da crítica” na força material revolucionária. Palavras-chave: ser social, trabalho, propriedade privada.
Introdução
Ao iniciar o debate acerca da crítica marxiana da economia política no período de
1844 e 1848, é necessário observar que se trata de identificar os elementos germinais da critica marxiana a sociedade burguesa, posto que a crítica da economia política tem a sua primeira formulação efetiva em 1867, quando vem a lume a obra “O Capital: Crítica da
Economia Política: o processo de produção do capital”. O que demonstra a nossa postura em torno da epistemológica distinção entre os escritos da juventude de Marx da década de
1840, mais precisamente, 1843 e os escritos posteriores da maturidade a partir de 1857.
Acreditamos, de acordo com o nosso estudo e pesquisa, que o jovem Marx chega a uma
Graduado em Serviço Social pela UNESP e mestrando em Serviço Social na UFSC. Email: