SISTEMA FERROVIARIO
Diversos são os fatores que comprometem a eficiência do modal ferroviário brasileiro.
Entre eles, é possível identificar gargalos físicos,financeiros e institucionais. Não é possívelapontar apenas uma única barreira à dinamização do sistema ferroviário, mas a conjunção de todas resulta em uma malha que necessita de expansão e modernização.
No tocante aos gargalos físicos, a Pesquisa
CNT de Ferrovias 2011 apontou a existência de mais de 355 invasões de faixas de domínio32 que forçam a diminuição da velocidade das composições de 40 km/h para 5 km/h. Essa redução de velocidade restringe a eficiência do transporte ferroviário, eleva os custos operacionais do modal e o torna menos eficaz.
Outro entrave físico identificado pela
Pesquisa da CNT são as passagens em nível que, além de reduzir a velocidade e dificultar as manobras em áreas densamente povoadas, elevam o risco de ocorrência de acidentes. A análise de viabilidade mostra que a solução deste problema é economicamente vantajosa, já que os custos das intervenções para a eliminação das passagens em nível mais problemáticas somam R$ 7,1 bilhões gerando benefícios socioeconômicos que chegam a R$ 19,2 bilhões. Parte dos gargalos identificados na atual malha brasileira é reflexo do processo histórico de construção das ferrovias no Brasil. Como exemplo, tem-se a não-uniformidade de bitolas, que dificulta a integração do sistema. É interessante observar que essa heterogeneidade tem impactos econômicos relevantes no que se refere à operação do modal. A variedade de bitolas nas ferrovias nacionais impôs um adicional de custo para o sistema, pois dificulta a conexão entre as malhas e gera custos de transbordo e maior tempo na movimentação.
Esses fatores inibem os ganhos com economias de escala do transporte ferroviário e reduzem os efeitos multiplicadores da provisão de infraestrutra férrea, como o desenvolvimento de regiões e atividades