Sistema endócrino
1.0 - CONCEITO ANATÔMICO E FUNCIONAL As glândulas endócrinas, também chamadas glândulas sem ducto ou glândulas de secreção interna, estão representadas por órgãos relativamente pouco volumosos e localizados em regiões diversas do corpo. Por não possuírem ducto ou ductos excretores, as glândulas endócrinas lançam seus respectivos produtos de secreção, hormônios ou substâncias químicas sintetizadas parcialmente ou totalmente por elas próprias, diretamente na corrente sanguínea. Este fato atesta a solidariedade fisiológica que existe entre elas, mas, por outro lado, não há nenhuma conexão estrutural demonstrável entre estes órgãos, tal como encontramos, por exemplo, entre os componentes dos sistemas digestório ou respiratório. Portanto, a rigor, não se poderia falar de um sistema endócrino anatômico, embora a expressão seja de uso corrente. Isto não exclui, todavia, o fato de que cada glândula endócrina se desenvolve em íntima relação com um sistema orgânico específico, embora a falta de conexão anatômica entre elas seja obstáculo suficiente para tornar discutível o conceito de sistema endócrino, do ponto de vista anatômico. Por esta razão, a nomenclatura Anatômica prefere não consignar a denominação Sistema Endócrino, para registrar apenas Glândulas Endócrinas. Os hormônios são os mensageiros químicos produzidos nas glândulas endócrinas cuja função, em última análise, é a homeostase, a manutenção de um meio interno sadio para fazer frente a um ambiente externo mutável e, por vezes, agressivo. Houve um tempo em que se pensava que as glândulas endócrinas tivessem a exclusividade na secreção de hormônios. Mais recentemente, entretanto, foram identificados agrupamentos celulares e numerosas outras células disseminadas por todo o corpo capazes de secretar e conter hormônios. Também se sabe, hoje, que há várias outras vias pelas quais um hormônio pode ser transportado até a estrutura que constitui o seu alvo, além do seu lançamento na corrente