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1. O consumo das famílias paulistanas caiu 3,8% em fevereiro na comparação com janeiro e atingiu os 136,2 pontos, segundo o Índice de Consumo das Famílias (ICF) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). Mesmo com a segunda queda consecutiva, o indicador ainda está no patamar de satisfação das condições financeiras das famílias. O índice varia de 0 a 200 pontos, sendo abaixo de 100 pontos considerado patamar de insatisfação e acima desta pontuação, patamar de satisfação.
Essa queda é consequência do aumento do endividamento, da elevação dos juros cobrados ao consumidor e a pressão forte dos preços, em destaque para o segmento de alimentos. Estes fatos impactaram de forma expressiva a propensão em consumir das famílias paulistanas, conforme mostra o item Nível de Consumo Atual que sofreu decréscimo de 15,2% e chegou aos 98,9 pontos, o que significa insatisfação. A última vez que isso aconteceu foi no início da série em agosto de 2009 quando este item chegou aos 90,8 pontos. O resultado de fevereiro demonstra que as ações do governo para frear o consumo das famílias e controlar a inflação estão fazendo efeito. Como o cenário econômico não deve se alterar no curto prazo o ICF continuará a sofrer impactos destas políticas e tende a apresentar novas reduções.
O item Acesso ao Crédito foi o segundo que registrou maior queda no mês, 7,9% (148,9 pontos), resultado direto da ação do Banco Central (BC) e do Conselho Monetário Nacional (CMN) em aumentar a alíquota do depósito compulsório e retirar R$ 61 bilhões da economia.
A renda das famílias está sendo afetada pelo crescente aumento de preços, principalmente, nos bens básicos de consumo e isso reflete na redução no seu poder de compra. O item Renda Atual reflete esse quadro com uma redução de 4,4% (150 pontos). Atrelado a isso, o item Perspectivas de Consumo apresentou queda de 4,9% e chegou aos 137,5 pontos.
Adaptado de Consumidor Moderno, março de 2011.
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