Sismica
Há muito tempo os homens vêm se preocupando com a ocorrência de terremotos e de suas conseqüências. Os terremotos, também conhecidos como sismos naturais, são provocados pela ruptura e/ou deslocamento natural de rochas em profundidade variável provocando ondas sonoras que se propagam até grandes distâncias dentro da terra. Há muitos séculos os chineses construíram um vaso redondo de cerâmica com uma série de cabeças de dragões, de boca aberta, ao redor do vaso. Na boca de cada dragão colocava-se uma bilha numa delicada posição de equilíbrio. Caso ocorressem terremotos, pela observação das bilhas caídas podiam-se constatar sua intensidade e direção predominante das ondas resultantes. Também são relativamente antigos, embora rudimentares, os sismógrafos convencionais construídos para medir, a partir de estações fixas, a intensidade dos terremotos.
A sísmica destina-se fundamentalmente à medição do tempo de chegada de ondas provocadas por fontes sonoras artificiais até os dispositivos de recepção. Existem dois métodos sísmicos: (1) o de refração e (2) o de reflexão. Na refração medemse as primeiras chegadas das ondas acústicas geradas num receptor colocado a uma distância variável. Como a velocidade do som no embasamento é mais alta do que nos sedimentos, através da refração é possível medir a espessura sedimentar total e ainda especular quanto à composição dessa coluna sedimentar. Como a velocidade do som no sal é também superior à velocidade do som nos demais sedimentos, é também possível utilizar a sísmica de refração para mapear os domos de sal.
A sísmica surgiu durante a Primeira Grande Guerra, quando o cientista alemão
Ludger Mintrop utilizou um sismógrafo portátil desenhado especialmente para localizar com precisão a posição de fogo da artilharia aliada. Colocando-se três sismógrafos em pontos de coordenadas conhecidas, frente à artilharia inimiga, era possível através de triangulações estabelecer a posição