sintra
1 Introdução
Sintra é um daqueles paraísos terreais onde a mão divina se esmerou, esculpindo a Natureza de forma sublime, como que a querer deixar-nos surpreendidos, rendidos à beleza da Obra, tal como vamos demonstrar ao longo de todo este trabalho. Sintra é um lugar para se sentir.
Conhecida na Antiguidade Clássica como Monte da Lua, pela forte tradição dos cultos astrais ainda visíveis em inúmeros monumentos e objetos arqueológicos, a Serra de Sintra é um maciço granítico com cerca de 10 Km de comprimento que emerge, abruptamente, entre uma vasta planície a Norte e o estuário do Tejo a Sul, numa cordilheira serpenteante que entra pelo Oceano Atlântico até formar o Cabo da Roca, afinal a ponta mais ocidental do Continente Europeu.
Acarinhada e venerada pelo Homem ao longo da História, a Serra de Sintra apresenta hoje um conjunto fabuloso de monumentos das mais variadas eras, desde a Pré-História aos nossos dias, demonstrativo de um respeito ímpar e de uma enorme tolerância cultural, talvez a razão máxima que levou Sintra a ser consagrada Património da Humanidade.
Competindo com a diversidade monumental, há ainda a salientar a riqueza ambiental desta Serra. Graças ao seu microclima, aqui se encontram alguns dos mais belos parques de Portugal, plantados ao sabor romântico e também uma vegetação autóctone, densa e frondosa, que lhe dão um semblante majestoso no salpicado cromático de verdes. Assim, pode o visitante descer ao Neolítico pelo Tholos do Monge; desfrutar os horizontes nas muralhas do Castelo dos Mouros, construção militar árabe do séc. VIII; sentir a vera austeridade dos monges franciscanos no Convento dos Capuchos; deambular pelos mistérios do Palácio da Pena, edifício mítico-mágico que mais parece o prolongamento da própria montanha, e sensibilizar-se nos recantos doces do Parque da Pena, sítio de amor e exotismo onde transpiram uma grande paz e serenidade.
Praias de Sintra
As areias douradas, a pureza das águas atlânticas e o recorte