sintese o semeador e o ladrilhador
É o quarto capitulo do clássico “Raízes do Brasil” de Sérgio Buarque de Holanda. O autor através de uma metáfora entre o semeador e o ladrilhador faz uma analise entre a colonização espanhola e a portuguesa da América. O semeador sendo representado pelo colonizador português que ao chegar ao Brasil, não demonstra esforços de colonização de desenvolvimento de uma extensão do império português. Como um semeador, jogam-se as sementes ao vento, de forma “aleatória”. Para os portugueses tratava-se apenas de um local de exploração, de passagem, sem grandes necessidades de investimentos ou desenvolvimentos sólidos, não existia a intenção de construir raízes.
Como ladrilhador, o colonizador espanhol, meticuloso em seu trabalho estabelece o seu trabalho no interior da colônia. Ao contrário do português que escolhe explorar a faixa litorânea, como que afirmando o caráter mercantil. A colonização espanhola é o oposto da portuguesa. Ou seja, fazer do pais ocupado uma extensão do seu. Os espanhóis vinham para fixar - se, já os portugueses para enriquecer e regressar ao sua terra natal. Os espanhóis são mais rígidos, os portugueses mais liberais e indisciplinados. As casas portuguesas eram dispostas segundo a vontade do morador, se tornando uma cidade totalmente irregular. Não existindo certa organização urbana. Em outras palavras, o português é o “semeador”, sem trabalho, sem planos e nem métodos. O espanhol é o ladrilhador, o oposto.
Os espanhol, na sua chegada ao pais teve um problema com o clima tropical, os castelhanos parecem fugir deliberadamente da marinha preferindo as terras do interior e os planaltos. Ao contrário da colonização portuguesa, que escolheu a faixa litorânea.
No regime português, criou- se um controle de entrada terras adentro receosos de que com isso se povoasse a marinha. A comercialização foi peça chave nas obras dos portugueses. A exploração do litoral encontrou mais facilidade pelo fato de a costa ser habitada por