SINTESE EJA COM CAPA
A Década da Educação para Todos foi iniciada em 1990 com a Conferência Mundial de Jontiem, no qual se propunha a assegurar o acesso ao ensino de qualidade a todos com equidade de gênero, reduzir pela metade os índices de analfabetismo e proporcionar aos jovens e adultos as oportunidades para satisfação de suas múltiplas necessidades de aprendizagem. No entanto na metade do década de 1990 a formulação e implementação das políticas governamentais do Brasil não foram favoráveis a EJA, principalmente na atuação do governo federal que induz a iniciativa dos estados e municípios nesse campo educativo.
Assim o presidente atuante na época Fernando Henrique Cardoso induziu a municipalização, com isso foco e os investimentos não priorizaram a EJA. Além disso vetou a lei que regulamentava o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), com isso as matrículas para EJA não puderam ser consideradas, o que levou a restrição de fontes de investimentos, desse modo desestimulou os gestores a ampliarem as matrículas para a modalidade. A partir daí a EJA foi perdendo espaço, as metas e propósitos esperados com essa modalidade não foram alcançadas com total êxito.
Dessa forma a colaboração do governo federal para a manutenção e o desenvolvimento da EJA restringiu-se aos estados e municípios com maiores taxas de analfabetismo e menores índices de desenvolvimento humano, localizados no Nordeste e Norte, não proporcionando acesso a EJA para todos os jovens e adultos do país.
Em 1996 a 2001 foi desenrolado o processo de construção do PNE, nesse período a EJA na agenda de políticas educacionais já é vista com pouca importância, pois é visível nesta época a secundarização da EJA à frente das outras modalidades educacionais. O discurso técnico político que justificou esse fato teve base o argumento que os investimentos na EJA mostravam-se pouco efetivos. Além disso persistiu a escassez de