sintese Bruno Levi
(Levi, Bruno, pag. 17, 28)
Segundo Levi, a arquitetura carece de uma história pela falta de entendimento sobre espaço e métodos específicos.
A arquitetura tem uma linguagem singular tridimensional e, permite que o homem adentre à obra, diferentemente da pintura que tem duas dimensões e da escultura que, embora trabalhe com três dimensões, não permite ser abrigo do homem.
A linguagem bidimensional existe na arquitetura no momento de as idéias serem postas no papel, é nesse momento que o arquiteto representa as vistas, fachadas e as demais representações da obra e o objetivo principal disso é a representação para que o construtor dê a tridimensionalidade à obra.
Ainda, segundo Levi, comparativamente à poesia que pode ser composta por versos maravilhosos, somente o conjunto desses versos tornarão a poesia um único elemento. Assim também a arquitetura, o conjunto dos desenhos arquitetônicos poderão resultar em um conjunto não muito adequado ou satisfatório e, somente a vivência e a experiência possibilitarão ao arquiteto tornar o desenho em uma obra útil, dando aplicabilidade ao que a arquitetura tem de mais valioso: O espaço.
Há nas páginas da arquitetura um tratamento sobre escultura e pintura e algum tratamento social e psicológico dos edifícios, mas não da sua realidade arquitetônica e de sua espacialidade.
Levi lança alguns desafios por meio das seguintes questões: “O que é arquitetura? “O que é a não-arquitetura?”, “É correta a identificação entre arquitetura e edificação artística e entre não arquitetura e edificação feia?”, “Em outras palavras, a distinção entre arquitetura e não-arquitetura baseia-se numa apreciação meramente estética?”, “E o que é o espaço protagonista da arquitetura?”, “Quantas são as suas dimensões?”.
O autor tenta responder a essas questões iniciando pela última. Ele explana sobre o tratamento diferenciado entre fachadas (invólucro - continente) e o conteúdo (espaço