Faculdade ages
ISBN: 857541-089-X.
A ficha catalográfica registra 1980 como o ano da primeira edição de Tabu do Corpo. Assim sendo, sua sétima reedição, já nesse novo milênio, traduz a importância de continuamente disponibilizar a gerações de estudantes, dedicados ao aprendizado das ciências sociais, um determinado momento da história do pensamento brasileiro acerca das questões que envolvem, digamos assim, a construção social do corpo.
Não é somente, embora tal já fosse para lá de suficiente, ofertar ao público acadêmico um texto didática e intelectualmente bem escrito e pensado, mas permitir um exercício histórico reflexivo sobre os fundamentos da antropologia no Brasil, num momento em que de dentro da universidade brasileira – sem querer fazer analogia com o título do livro – tabus começavam a ser quebrados e os sistemas de significações tomavam seu lugar e abriam novas sendas que iriam e continuam a ser percorridas desde então.
De saída, no que tange a tal aspecto, descobre-se em Rodrigues um tipo de associação entre sociologia e antropologia e entre essas e metapsicologia freudiana, fato que, para muitos ortodoxos, sobretudo no que diz respeito à segunda, não passaria de um modismo passageiro que não traria nenhuma espécie de contribuição à solidificação e ao desenrolar de conhecimentos produzidos por tipos de ciências do homem, tingidas pelo empírico, expostas às contingências e que epistemologicamente envolvem o conjectural e a interpretação. Em História, por exemplo, da mesma maneira que na antropologia de Marcel Mauss, Margareth Mead, Mary Douglas e Lévi-Strauss, dentre outros gigantes que sustentam as proposições de Rodrigues, as pesquisas levadas a cabo por Peter Gay mais do que referendam uma aliança, e por intermédio dela um tráfego entre fronteiras disciplinares, incluindo-se a psicanálise, que hoje se sabe ser inevitável porque é de todo profícuo.
Em seguida, constata-se, exatamente em