sinistros na engenharia civil
Acidentes estruturais têm ocorrido com frequência no Brasil (CUNHA et alli (1996), CUNHA (1998), SOUZA (2001)), a despeito da falta de ações extremas que são frequentes em outras nações, tais como terremotos, tufões, ciclones, tsunamis e até mesmo ações terroristas. Entre os acidentes estruturais mais lembrados ocorridos na última década estão aqueles ocorridos em Guaratuba-PR (1995, Edifício Atlântico), São José do Rio Preto-SP (1997, Edifício Itália), Rio de Janeiro-RJ (1998, Edifício Palace II), Olinda-PE (1999, Edifícios Éricka e Enseada de Serrambi) e Recife-PE (2004, Edifício Areia Branca). Estes acidentes somados totabilizaram dezenas de vítimas fatais e centenas de feridos. Um histórico significativo, que chama a atenção para a qualidade e segurança das construções brasileiras.
Além disso, é de se suspeitar que inúmeros acidentes estruturais sem vítimas fatais vêem ocorrendo no Brasil, porém sem registro formal na literatura técnica. Em alguns casos, nem mesmos as autoridades competentes chegam a tomar conhecimento dos fatos, tendo-se em vista o acobertamento imediato por parte dos proprietários/construtores. Em Maringá, por exemplo, uma cidade conhecida pelo seu alto poder econômico e elevado desenvolvimento social, quando comparada ao padrão brasileiro, verificou-se somente no último semestre a queda abrupta da marquise de um barracão industrial, a ruína frágil de uma cortina de estacas justapostas de um edifício residencial em construção e o colapso global das sacadas de um edifício residencial.
Os erros mais frequentes observados em acidentes estruturais concentram-se basicamente na má avaliação dos carregamentos, na modelização inadequada da estrutura, em detalhamentos errados ou ineficientes, na deficiência e falta de controle de qualidade durante a execução, em sobrecargas excessivas não previstas e na falta de um programa adequado de inspeção e manutenção das obras já concluídas. Nos três casos de colapso ocorridos em Maringá,