Sindrome patelo femoral
Anatomia do Joelho e Biomecânica Patelofemoral
O joelho é a articulação intermédia do membro inferior. É bastante suscetível a traumas por ser uma articulação com pouca coaptação, com poucos estabilizadores dinâmicos e por ser submetido a grandes esforços por duas grandes alavancas: fêmur e a tíbia.
O joelho consiste de três compartimentos: as duas articulações tibiofemorais, a articulação patelofemoral, todas contidas numa só capsula articular e apresenta os movimentos básicos: flexão e extensão (plano sagital e eixo frontal) e rotação interna e externa(plano transverso e eixo longitudinal).Este ultimo, segundo alguns autores, é considerado movimento acessório, por só se realizar quando o joelho está fletido (KAPANDJI,2000). A flexão e a extensão são resultantes do movimento entre a tíbia e o fêmur, e as rotações são realizadas envolvendo o deslocamento dos meniscos sobre a tíbia. A extensão é realizada pelo músculo quadríceps (reto femoral, vasto medial, lateral e intermédio) enquanto a flexão é realizada pelo isquiotibiais e gastrocnêmios. As rotações internas são realizadas pelos músculos semitendinoso, semimembranoso, grácil e sartorio e a rotações externas são realizadas pelo bíceps femoral e o TFL.
A articulação joelho é suportada por quatro ligamentos principais, dois colaterais estabilizam a articulação em casos de stress em valgo (Ligamento Colateral Medial), varo (ligamento Colateral Lateral) e dois cruzados, que ajudam na manutenção da posição da tíbia e fêmur, de modo que o contato seja apropriado e no tempo certo. Além destes temos o Trato Ileotibial e o retinaculo lateral(com os ligamentos patelofemoral e patelotibial associados) estabilizando a patela lateralmente e o retinaculo medial, estabilizando-a medialmente. O grupo muscular da pata de ganso e o bíceps femoral também afetam dinamicamente a estabilidade patelar, pois controlam a R.l. e R. E. da tíbia, que pode influenciar de maneira significativa o