Sincretismo
No Brasil, surgiu como refúgio dos negros que assim podiam exercer seu culto, proibido na época, de forma dissimulada, fingindo estar adorando os santos católicos enquanto, na verdade, veneravam suas próprias entidades.
Assim, associar um orixá a um santo católico era uma estratégia encontrada pelos escravos para manter acesas suas crenças e rituais, ao mesmo tempo em que ludibriavam os senhores, fazendo-os acreditar que era os santos católicos a razão de sua devoção.
O interesse pelo estudo das civilizações africanas, na America, é recente. Foi preciso esperar a supressão da escravatura; até então só se via no negro o trabalhador, não o portador de uma cultura
E, entretanto do Haiti que partirá a "negritude". Mas o reconhecimento do Vodu, como uma realidade "cultural" e não uma simples rede de superstições, teve que esperar, para que se manifestasse, a ocupação da ilha pelos norte-americanos.
Foi a ocupação da ilha que despertou o nacionalismo da elite, que a conduziu a consciência da unidade cultural de todos os haitianos e que, finalmente, a levou, com Price-Mars, a revalorizar sua herança africana.
O sincretismo nos Estados Unidos geralmente envolve Culto aos Egungun (ancestrais) e/ou de um panteão de divindades, como os loas do Vodu haitiano, ou os orixás da Santería. Similares espíritos divinos também são encontrados nas tradições da África Central e África Ocidental de onde eles