sinais vitais
Lazslo Antonio Ávila**
Grupo é uma palavra equívoca. Entendemos por grupo: a) uma reunião de pessoas, ou de objetos; b) um agregado organizado de indivíduos; c) um conjunto sistemático e constante de relações; d) uma comunidade de interesse ou objetivos; e) um aglomerado casual e momentâneo de pessoas, etc...
Por grupo psicológico entendemos: um certo número de indivíduos que mantém contatos pessoais, cara a cara, durante um certo tempo, e em função de certos objetivos.
Desenvolvem, durante o tempo de sua interação, um certo número de códigos, de referências e de tradições e, principalmente, configuram uma totalidade ou unidade, diferenciada de qualquer outro conjunto, e reconhecida por cada um de seus membros.
Ao observarmos a Sociedade, ou melhor, ao observarmos as formações sociais concretas, constatamos que todos seus movimentos e acontecimentos são reproduzidos a partir de conjuntos de indivíduos, intermediados pelas Instituições, que são as formas estruturadas das relações sociais. Nunca é o indivíduo isolado a causa da ação social; é sempre o indivíduo como membro ou agente de um grupo ou Instituição que conduz, junto e por causa de outros indivíduos, qualquer acontecimento social.
O Indivíduo só existe na Sociedade, quando se encontra inserido em alguma de suas subestruturas, que lhe darão todo o referencial e o sentido para seu comportamento. Esta inserção do indivíduo processa-se em duas vias: a) para o interior da personalidade,
constituindo de fora para dentro tudo aquilo que o indivíduo é: seus valores, seus sentimentos, seus ideais; e b) para o exterior do indivíduo, em seus relacionamentos e em sua atuação social.
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Esse texto era a matriz teórica de uma parte dos trabalhos com grupos desenvolvido em Osasco, pela equipe da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, da qual o autor fazia parte, em intervenção de
Psicologia Social Comunitária, nos anos de 1981 a 1984. Observar-se-á que ele