Simone Rechia
Simone Rechia
Resenha
Após a Segunda Guerra Mundial foram exigidas das práticas urbanísticas e arquitetônicas operações que promovessem a reconstrução das cidades modernas. Simone Rechia, assim como outros autores contemporâneos, questiona as conseqüências geradas ao espaço urbano após a Guerra e as tendências que assim então passaram a ser adotadas e que através do tempo vem se consolidando. Dentre elas, modelos que buscam marcas identitárias para as cidades. Harvey assinala que na área da arquitetura e do urbanismo contemporâneo o espaço está se fragmentando. Fragmentando através de uma colagem de usos correntes de formas passadas superpostas, que pode ter tido seu início nos planejamentos modernistas, com o zoneamento monofuncional, onde, para o planejador, a circulação dos pedestres vem em primeiro lugar. Porém, estes fundamentos são considerados muitas vezes doutrinários, rígidos e são criticados por não compreender a cidade como um todo. Para Harvey, tal processo pode ter gerado um padrão urbano antiecológico. Harvey cita Krier como um pós-modernista que contrasta tal situação com a “boa cidade” por sua natureza ecológica, que fornece todas as funções urbanas num perímetro em que seja possível alcançar tais funções a pé. Para que todos pudessem desfrutar da “boa cidade” seria necessário criar cidades dentro das cidades; a multiplicação de quarteirões onde fosse possível suprir todas suas necessidades em seu próprio quarteirão.
Harvey então afirma a importância de compreender o porquê do modernismo desvalorizado por Krier ter sido recorrente na reorganização pós-guerra. Demonstra que tais soluções foram tomadas, pois foram precisos padrões racionais para a organização do espaço urbano e para promoção da igualdade entre todos. É fundamental analisar a política econômica do momento antes de fazer qualquer crítica ao