Simbolismo e pré-modernismo
O CONTEXTO: Na época em que o simbolismo se desenvolveu no Brasil, na Europa a Itália e a Alemanha buscavam a unificação e reinava uma paz que foi usada na preparação para a Primeira Guerra Mundial. La o simbolismo era forte e o parnasianismo fraco. Aqui começava a República e o movimento foi abafado pelos parnasianistas que dominavam a produção literária da época. O simbolismo a princípio apelidado de “decadentismo” desenvolveu-se ao longo da década de 1890 na França e se manifestou pela primeira obra no satanismo e no spleen de As Flores do Mal, do poeta Charles Baudelair, datada de 1857. No entanto, o termo Simbolismo foi usado pela primeira vez somente em 1886, por Jean Moréas, que divulgou um manifesto no qual afirmava que simbolismo era o único termo capaz de designar as tendências artísticas da época. O simbolismo em Portugal surgiu com a publicação de Oaristos, de Eugenio de Castro, em 1890, inicia-se oficialmente o Simbolismo português, durando até 1915, época do surgimento da geração Orpheu, que desencadeia a revolução modernista no país, em muitos aspectos baseada nas conquistas da nova estética. Conhecidos como adeptos do Nefelibatismo (espécie de adaptação portuguesa do Decadentismo e do Simbolismo francês), e, portanto como nefelibatas (pessoas que andam com a cabeça nas nuvens), os poetas simbolistas portugueses vivenciam um momento múltiplo e vário, de intensa agitação social, política, cultural e artística. Com o episódio do Ultimatum inglês, aceleram-se as manifestações nacionalistas e republicanas, que culminarão com a proclamação da República, em 1910. Portanto, os principais autores desse estilo em Portugal seguem linhas diversas, que vão do esteticismo de Eugênio de Castro ao nacionalismo de Antônio Nobre e outros, até atingirem maioridade estilística com Camilo Pessanha: o mais importante poeta simbolista português. Já no Brasil, o simbolismo foi iniciado oficialmente em 1893, com a publicação de Missal (prosa