Silvia
O inseto somente é prejudicial na fase jovem (ninfas), visto que os adultos são desprovidos de aparelho bucal. A cochonilha reproduz-se apresentando uma geração por ano (Fig. 3). A biologia do inseto, partindo da fase de cisto com ovos (Fig. 4), que na Região Sul do Brasil ocorre de outubro a janeiro, inicia com o rompimento do cisto e liberação das ninfas móveis do primeiro instar (Fig. 5). No período de eclosão das ninfas que ocorre de novembro a março, estas pressionam e rompem as paredes frágeis do cisto, resultando na dispersão da praga. O primeiro instar é móvel e caminha de forma ativa até encontrar uma raiz para se fixar e alimentar (Fig. 6).
Fig. 3. Ciclo biológico da pérola-da-terra em plantas de videira.
Adaptado de Hickel (1996)
Fig. 4. Cisto com ovos da pérola-da-terra.
(Foto: E. Hickel)
Fig. 5. Eclosão das ninfas a partir dos cistos com ovos.
(Foto: E. Hickel)
Fig. 6. Ninfas de primeiro instar fixadas às raízes de videira.
(Foto: E. Hickel)
A partir do segundo instar, as ninfas perdem as pernas e permanecem no interior da cutícula que se converte numa cápsula protetora, assumindo formato esférico. A ninfa de segundo instar atinge o máximo de crescimento em outubro-novembro, possui formato globoso, coloração amarela, sendo denominada de pérola-da-terra (Fig. 7). O completo desenvolvimento das ninfas origina fêmeas que podem morrer dentro do próprio cisto (reprodução assexuada), após realizarem a postura (cisto com ovos), ou então, emergirem através de um opérculo circular no extremo distal anterior do cisto e subirem à superfície como fêmeas móveis (Fig. 8), para um eventual acasalamento (reprodução sexuada), retornando em seguida para o interior do solo. Embora pouco comum, na reprodução sexuada, os indivíduos do sexo masculino podem passar pelos três instares ninfais, pré-pupa móvel (Fig. 9), pupa (Fig. 9) e originar machos alados (Fig. 10), que vivem no máximo dois dias e, a princípio, só possuem a função de