SILVANA L MEIRELES: O Ensino Fundamental e o Preparo para a Vida
Silvana Lisbôa Meireles*
RESUMO
A Grécia, berço da civilização, tinha uma educação centrada na formação integral do indivíduo. A escola grega ainda permanecia elitizada, atendendo aos jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos comerciantes enriquecidos.
O ensino das letras e dos cálculos demorou um pouco mais para se difundir, já que nas escolas a formação era mais esportiva que intelectual. Este artigo traz algumas reflexões atuais sobre as mudanças de rumo que ocorreram na educação brasileira na última década, que não foram fruto do acaso, mas com a intenção de buscar responder a um desafio: desenvolver no aluno uma série de competências e preparálo para entender e transformar o mundo em que vive. Talvez os problemas enfrentados pela escola sejam muito semelhantes em todos os países, apesar das desigualdades de desenvolvimento e da diferente posição geográfica. Os argumentos, descritos aqui, e que, contemplam as pesquisas de estudiosos e deve contemplar, também, os sistemas de ensino e sua legislação, visam apenas salientar o problema que está ocorrendo, isto é, não podemos afirmar que a escola realmente prepara para a vida no século XXI.
Palavras-chave: Ensino fundamental. Reflexões. Preparo. Vida. Competências.
* Silvana Lisbôa Meireles
Pedagoga – Professora da Rede Municipal de Salvador
Aluna de Pós-graduação em Psicopedagogia – UDB/Portal Educação
E-mail: sillmeireles50@gmail.com
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Ao pensar em Educação, nos remetemos à Grécia, berço da civilização, que tinha um modelo educacional centrado na formação integral do indivíduo. Quando não existia a escrita, a educação era ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa. A transmissão da cultura grega se dava também, através das inúmeras atividades coletivas (festivais, banquetes, reuniões). A escola ainda permanecia elitizada, atendendo aos jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos