significação
Foi Roland Barthes, seguidor de Saussure, quem criou pela primeira vez “um modelo sistemático através do qual podia ser analisada essa ideia negocial, interativa, da significação” (Fiske, 2005, p. 117). Barthes expande, então, o conceito de significação em duas ordens.
1.Denotação
A primeira ordem é na sua grande maioria o assunto pelo qual Saussure se debruçou. Esta primeira ordem descreve a relação entre o significante e o significado no interior do signo. Barthes chama isto de denotação. A denotação “refere-se à significação óbvia, de senso comum, do signo.” (Fiske, 2005, p. 118) A denotação refere-se então, ao significado literal do signo.
Exemplo: Na frase “adoro o frio” o sujeito gosta realmente do frio.
2.Conotação
Na segunda ordem está a conotação, “termo que Barthes usa para descrever uma das três formas de funcionamento do signo, na segunda ordem de significação.” (Fiske, 2005, p. 118). A conotação é a forma do signo alterada a nível cultural.
Exemplo: Na frase “adoro frio” dita de forma irónica, o sujeito dá a entender que não gosta de frio. Tendo em conta os exemplos anteriores, de denotação e conotação, a denotação é aquilo que é dito: a conotação é a forma como algo é dito.
De-notação → De-finição
Co-notação → Con-texto.
3.Mito
Para Barthes, o mito é “a segunda das três formas de funcionamento do signo na segunda ordem.” (Fiske, 2005, p. 120) “Um mito é uma história pela qual uma cultura explica ou compreende um dado aspeto da realidade ou natureza.” (Fiske, 2005, p. 120) Para Barthes, mito é a maneira como uma cultura pensa sobre algo, é “uma forma de conceptualizar e de compreender” (Fiske, 2005, p. 121). “Barthes pensa o mito como uma cadeia de conceitos relacionados.” (Fiske, 2005, p. 121) “Se a conotação é a significação de segunda ordem do significante, o mito é a significação de segunda ordem do significado.” (Fiske, 2005, p. 121)
O mito é o conteúdo do signo alterado nível cultural. Exemplo: “Adoro o