Significado nas artes visuais
Iconografia – ramo da história da arte que trata o tema/mensagem das obras de arte em contraposição à sua forma.
É necessário então definir a distinção entre o significado e a forma.
Exemplo: quando alguém na rua conhecido cumprimenta-me tirando o chapéu, num ponto de vista formal é apenas uma mudança na configuração do padrão geral de cores, linhas e volumes no campo da minha visão.
Objecto – cavalheiro
Acontecimento – tirar o chapéu.
Com isto passa-se os limites da percepção formal e passa-se para a esfera do tema/mensagem.
O significado entendido e de natureza elementar e compreensível, chamando-se de significado factual.
Apreendido pela identificação de formas visíveis que são conhecidos pela experiência prática nas relações com acções e factos.
Estes factos obterão uma reacção da minha parte. Poderei saber a respeito do seu humor, dos seus sentimentos a meu respeito e outras nuances psicológicas, que darão um significado ulterior (factos que confirmam as suspeitas, que acontecem depois) que chamar-se-á de expressional.
Difere do factual por ser apreendido por empatia e não por simples identificação. É necessária sensibilidade e familiaridade quotidiana com objectos e factos.
Tanto o significado expressional como o factual poder-se-ão classificar em conjunto, constituindo a classe dos significados primários ou naturais.
A compreensão do acto de tirar o chapéu pertence a um campo diverso de interpretação.
É uma forma peculiar ao mundo ocidental.
Um grego antigo não iria compreender o acto de tirar o chapéu com conotação expressiva.
Para entender o gesto cavalheiro não é necessário estar somente familiarizado com o mundo prático dos objectos e dos factos mas também com o mundo prático dos costumes e das tradições culturais que são peculiares a uma dada civilização.
Quando interpreto o facto de tirar o chapéu como uma saudação educada, reconheço nele um significado secundário ou convencional.
Difere do primário ou natural por ser