sifilis
A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, gênero Treponema, da família dos Treponemataceae.
O T. pallidum tem forma de espiral (10 a 20 voltas), com cerca de 5-20μm de comprimento e apenas 0,1 a 0,2μm de espessura. Não possui membrana celular e é protegido por um envelope externo com três camadas ricas em moléculas de ácido N-acetil murâmico e N-acetil glucosamina. Apresenta flagelos que se iniciam na extremidade distal da bactéria e encontram-se junto à camada externa ao longo do eixo longitudinal. Move-se por rotação do corpo em volta desses filamentos.
O T. pallidum não é cultivável e é patógeno exclusivo do ser humano, apesar de, quando inoculado, causar infecções experimentais em macacos e ratos. É destruído pelo calor e falta de umidade, não resistindo muito tempo fora do seu ambiente (26 horas). Divide-se transversalmente a cada 30 horas.
A pequena diferença de densidade entre o corpo e a parede do T. pallidum faz com que seja prejudicada sua visualização à luz direta no microscópio. Cora-se fracamente; daí o nome pálido, do latim pallidum.
Transmissão
A sífilis pode ser transmitida pela via sexual (sífilis adquirida) ou pela via vertical, da mãe para o feto, (sífilis congênita). Durante a relação sexual o agente penetra nas microfissuras causadas pelo trauma da relação. O contato com as lesões cancroides são responsáveis por 95% das contaminações. Outras formas de contaminação podem ocorrer como transfusões e compartilhamento de seringas.
Etiopatogenia
A penetração do treponema é realizada por pequenas lesões decorrentes da relação sexual. Logo após, o treponema atinge o sistema linfático regional e, por disseminação hematogênica atinge outras partes do corpo. A resposta da defesa local resulta em erosão e exulceração no ponto de inoculação (cancro duro) enquanto a disseminação sistêmica resulta na produção de complexos imunes circulantes que podem depositar-se em qualquer órgão. Entretanto, a imunidade