Sifilis Congenita
De acordo com informes da Organização Mundial de Saúde (2002), nos países subdesenvolvidos, em torno de 10 a 15% das gestantes seriam portadoras de Sífilis. No Brasil, estima-se que 3,5% das gestantes sejam portadoras desta doença, havendo um risco de transmissão vertical do Treponema Pallidum ao redor de 50 a 85% e taxas de mortalidade pré-natal de até 40%.
Entre os fatores de risco que contribuem para que a prevalência de Sífilis Congênita se mantenha, esta o baixo nível socioeconômico, a baixa escolaridade, promiscuidade sexual e, sobretudo, a falta de adequada assistência no pré-natal (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2002).
Em 1993, o Ministério da Saúde, ciente dos riscos pré-natal e da magnitude da Sífilis Congênita no Brasil, propôs a sua erradicação no país até o ano 2000, visto ser esta uma entidade clínica totalmente passível de prevenção por meio da identificação e tratamento das gestantes infectadas ainda no pré-natal. Entretanto, as metas governamentais até agora não foram atingidas e, de acordo com informes oficiais do próprio governo brasileiro, as taxas de Sífilis Congênita ainda permanecem extremamente elevadas.
Segundo o relatório dos Grupos de Investigação de Sífilis Congênita (GINSC) vinculados à Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS do Ministério da Saúde, a prevalência de Sífilis Congênita em 397 maternidades e/ou serviços de pré-natal do país, a taxa observada da doença no período entre setembro de 1996 e dezembro de 1999 foi de 7,2 casos por